Afinal, como investir em criptomoedas? Este será seu guia de bolso definitivo para se tornar um investidor de excelência para conseguir comprar as melhores criptomoedas da maneira mais segura.
Através desta leitura, você poderá provar o contrário para aqueles que dizem que moedas digitais não têm valor por não produzir “nada”, ou que investimento em criptomoedas é pirâmide.
Afinal, criptos podem ser analisadas de maneira fundamentalista, similarmente a uma empresa.
Abrirei, com exclusividade, a caixa preta da Mercurius.
Você terá uma imersão dentro da cabeça de um analista profissional e, a partir disso, poderá ter a almejada independência para fazer suas próprias análises e investir em criptomoedas com maestria.
Ao fim deste artigo, você aprenderá:
- Analisar quais são as melhores criptomoedas para investir.
- As criptomoedas mais promissoras.
- Quais criptomoedas mais seguras para comprar.
- Se vale a pena investir em cripto.
Como fazer Análise Fundamentalista para investir em criptomoedas
Para saber como investir de maneira fundamentalista em cripto, primeiramente devemos entender algumas coisas.
Segundo a Binance, 87% das pessoas que investem em criptomoedas não entendem os fundamentos. 58% investem como passatempo. Segundo a Fidelity, as principais barreiras para os institucionais adotarem as criptos são: regulação (60%), volatilidade (53%), falta de conhecimento (34%).
Estamos em um estágio inicial, ou seja, poucos dados do passado para nos basearmos.
Por isso, apenas uma série de fatores que irei apresentar pode nos gerar boas análises.
Para Benjamin Graham e Warren Buffett, grandes nomes da bolsa de valores, preço baixo/descorrelação entre oferta e demanda significam bons investimentos.
- Preço baixo = Ineficiência em relação à interpretação das informações disponíveis.
- Descorrelação entre oferta e demanda = Alta demanda do produto, por baixa oferta.
Através de análises on-chain podemos descobrir a saúde da cripto em questão. Na análise técnica podemos avaliar, como um termômetro, o comportamento do mercado.
Porém, não podemos esquecer de avaliar os fundamentos de nossos investimentos, afinal precisamos ter em mente que uma análise profunda pode levar muito tempo.
Um dos maiores investidores do planeta, Ray Dalio, diz em seu livro Princípios, o seguinte:
“Padronizar e quantificar as nossas análises nos livra de viés e nos poupa energia”
Portanto, devemos buscar pelas seguintes informações quando estamos analisando criptomoedas:
Fator Mercado – um dos cores para investir em criptomoedas
Para analisarmos qualquer criptomoeda, precisamos entender em que categoria de mercado ela está inserida. A palavra é: eficiência.
- O ativo faz sentido do ponto de vista econômico?
- Existe de fato um problema a ser solucionado?
- Se trata de uma solução “filantrópica” ou de fato um modelo de negócios?
- Quais os custos envolvidos e de onde vem o dinheiro para o financiamento do projeto?
Está cada vez mais comum a criação de moedas sem proposta de valor, como o caso da moeda Squid Game, que ficou conhecida pelo ‘hype’ da série Round 6.
Como na série, apenas uma pessoa saiu vitoriosa: o criador da moeda após ter derrubado o preço do ativo e saído com os lucros.
Pergunte-se: quem são os clientes da criptomoeda?
- São varejo ou institucionais?
- Qual o tamanho do mercado que pode ser atingido com base no número de possíveis usuários e na demanda individual?
- Qual a recorrência dos clientes? São sazonais? Só utilizarão o protocolo uma vez?
Duas corretoras descentralizadas famosas são a PanckackeSwap e UniSwap.
O primeiro caso possui uma usabilidade voltada mais para o mercado varejo, já a segunda, para o institucional.
Um detalhe interessante: se a questão das taxas da Ethereum for corrigida e PackcakeSwap não inovar, poderá sofrer – afinal, o maior diferencial da mesma são as taxas baixas por conta da BNB Smart Chain.
Pergunte-se: quais são os concorrentes da cripto na indústria tradicional?
Devemos comparar eficiência x descentralização.
- Será que só pelo fato de uma solução ser desenvolvida em uma blockchain que ela deverá ser melhor para o momento²
- Muitas soluções na Web 3 são inúteis. Você acha que só por algo ter sido feito em blockchain, significa que é bom?
- Quais as forças e fraquezas das formas tradicionais para solucionar o problema?
Entusiastas da indústria cripto por vezes ignoram soluções estabelecidas na indústria tradicional. É importante certo nível de ceticismo, pois somos analistas, não torcedores.
Duas soluções conhecidas são Filecoin e Arweave, ambas com proposta de armazenamento de dados em blockchain. Quais são suas concorrentes no mercado tradicional?
Nada mais nada menos que: Amazon Web Service, Microsoft Azure, Google Cloud etc.
Por mais que as empresas citadas ainda não possuam um sistema de armazenamento em blockchain, todas fornecem um sistema de segurança muito robusto.
Tenha isso em mente para investimento em criptomoedas.
Pergunte-se: quais são os concorrentes na indústria crypto?
- Não são as melhores soluções que ganham nesse mundo e sim as mais robustas.
- Qual a barreira de entrada? (Ex: Oligopólios e Monopólios; UX; Idioma)
- As estratégias para enfrentar a concorrência poderão funcionar no longo prazo?
Muito se especula quem será a substituta da Ethereum, porém poucas propostas conseguem ser tão boas quanto.
É o caso da Cardano, que possui um desenvolvimento um tanto demorado, porque sua equipe possui uma filosofia de sempre lançar atualizações com o máximo possível de perfeição.
A bandeira do Brasil está errada, pois o progresso procede a ordem. Primeiro devemos começar, depois ajustamos. Não o contrário.
Já a Solana, apesar de também ser uma solução de primeira camada, conta com diferenciais que a Ethereum não possui: escalabilidade e baixas taxas, todavia ainda sofre com problemas na rede, o que dificilmente acontece com a Ethereum.
Perceba que sempre existem os dois lados da moeda. Voltarei a falar sobre isso quando explicar o Trilema das Blockchains.
Fator Protocolo – o estágio inicial da análise profissional em criptomoedas
Protocolos devem buscar criar tecnologias para tentar se diferenciar no mercado, em curto, médio e longo prazo.
Visto que entendemos o mercado que a criptomoedas está inserido, precisamos entender suas particularidades:
- O projeto cumpre de fato o que promete?
- É comum um protocolo trazer um novo algoritmo de consenso e afirmar que ele é a solução para todos os problemas. De fato, é?
- Os dados provêm de ocorrências na rede principal ou em testnets?
- A tecnologia é segura? É importante analisar o histórico de testes de stress. O tempo é o melhor dos auditores.
Uma nova solução que apareceu foi a UXD Protocol, que vem como proposta solucionar o trilema das blockchains.
A proposta é muito interessante: basicamente, ela possui um sistema algorítmico que é lastreado 1:1 em ativos similares a stablecoins, em vez de depender de métodos de resgate para absorver a volatilidade.
Usuários depositam uma garantia ao protocolo, como SOL, e recebem $1 de UXD em troca de cada US $1 de SOL depositado.
Porém, o protocolo ainda não passou pelo teste do tempo para saber se de fato tudo está funcionando corretamente. As stablecoins algorítmicas ainda precisam passar por muitos testes. UST é o maior exemplo disso.
Para o que a criptomoeda serve, afinal?
- Comumente situações de conflito de escolhas são enfrentadas na criação de um protocolo. Exemplo: Descentralização e Escalabilidade, Segurança e Inovação.
- Onde o protocolo está incluído nessa dinâmica?
- Quais as soluções que ele utiliza para conciliar necessidades diferentes?
Casos interessantes para serem estudados:
- Binance Smart Chain, renunciando à descentralização, para ter escalabilidade, consequentemente perdendo em segurança.
- Solana renunciando à estabilidade para também ter escalabilidade.
- Bitcoin, criado por Satoshi Nakamoto, renunciando à escalabilidade para ter segurança e descentralização.
Esse é o trilema das blockchains.
Infelizmente, ainda não foi possível formar um triângulo equilátero quando se trata dessas 3 características: descentralização, segurança e escalabilidade.
Pergunte-se: o tokenomics do ativo faz sentido?
Do ponto de vista de investimentos, não adianta apenas uma solução ser inovadora, ela precisa saber como captar valor.
- Como o token do ativo captura o valor do protocolo?
- Reserva de Valor, possui a finalidade de proteção de patrimônio.
- Security Token, ativo baseado em outro, como stablecoins.
- Work Token, usado como recompensa para realização de determinado trabalho.
- Burn and Mint, dinâmica de uso e emissão.
- Token de Governança, serve para tomadas de decisão no protocolo.
Que tal um post só sobre tokenomics no futuro por aqui no blog?
Fator Comunidade – a criptomoeda possui uma comunidade relevante?
Analisar a comunidade do protocolo irá nos trazer percepções relevantes para investirmos no criptoativo ou não.
Engajamento
- A comunidade demonstra interesse nas usabilidades do projeto ou apenas quer especular para ganhar dinheiro no curto prazo?
- Quão ativa são as redes sociais e usuários do projeto? (Exemplo: Reddit, Twitter, Discord)
- Os membros e seguidores são, de fato, reais?
- A comunidade consegue interferir na governança do projeto?
Podemos analisar as páginas em redes sociais do projeto, se está sendo constantemente atualizada e gerando interações com o público, como curtidas, compartilhamentos e seguidores.
Tenha em mente que esses dados podem ser forjados com o uso de bots.
Contudo, uma ótima plataforma para verificarmos métricas sociais como, engajamento, volume social, dominância social é a LunarCrush, conforme imagem a seguir:
No comércio podemos definir dois grupos de pessoas: o lead e o cliente. Na análise on-chain podemos analisar o comportamento das pessoas que já possuem criptomoedas do projeto, o cliente.
Nas redes sociais conseguimos analisar um amontoado de pessoas, os leads, geralmente com ruído. Mesmo assim, é uma informação relevante.
Desenvolvedores precisam das redes sociais e anúncios para a captação de clientes que ainda não adotaram o projeto.
A entrada massiva de pessoas e instituições no mundo cripto faz com que empresas tenham mais capital para investir em anúncios. Investir em anúncios faz com que pessoas entrem no mundo cripto.
Dois exemplos mais notáveis são a Crypto.com dando nome a uma arena que antigamente se chamava Staples Center, ao mesmo tempo a Tezos, patrocinando uma equipe de F1.
Antes de decidir investir em criptomoedas só pelo motivo de ter visto em um anúncio, ou alguém ter recomendado, é necessário fazer as perguntas já mencionadas acima.
A Crypto.com, por exemplo, sofreu um ataque de hackers, derrubando o seu valor de mercado, evidenciando que atualmente passa por problemas de segurança.
Eis aqui um dos problemas da centralização.
Transparência
- A gestão do projeto é acessível e transparente?
- Existe um SAC de fácil acessibilidade?
- Documentos e roadmaps são fáceis de se conseguir?
- A linguagem utilizada pelos desenvolvedores é clara e objetiva?
Um projeto revolucionário sem uma comunidade ativa não irá a lugar nenhum. Na imagem acima, é exibido o Hub de Comunidade da rede Ethereum.
Nele é possível participar de eventos, contribuir, buscar financiadores para projetos construídos na rede e muito mais.
Fator Desenvolvedores – o time da criptomoeda é realmente bom?
Um time eficiente pode alterar o rumo do projeto rapidamente quando necessário, propor soluções de longo prazo:
As palavras são: qualificação e histórico.
- É importante entender a qualificação técnica do time, quais as habilidades em termos de arquitetura e desenvolvimento de software.
- Competência para cumprir roadmaps e atingir metas.
- Nomes importantes do mundo cripto envolvidos no projeto podem ser um indicativo importante.
- Como é a comunicação e a influência dos desenvolvedores? Estão dispostos a ouvir a comunidade?
A melhor maneira de se fazer isso pode ser através do LinkedIn, afinal, lá podemos saber qual a equipe por trás do projeto, quais suas qualificações, prêmios e muito mais.
Essa é a importância de se ter uma página nessa plataforma. Você pode se conectar comigo no LinkedIn clicando aqui.
- A equipe é “skin in the game”?
- O quanto a equipe depende que o negócio dê certo?
- Entenda os alinhamentos e conflitos de interesses envolvidos no desenvolvimento do protocolo.
Não basta ser qualificado tecnicamente, é preciso ter alinhamento de interesse e tempo hábil para se dedicar ao projeto.
Devemos saber em quais outros projetos o desenvolvedor está participando e o quanto os devs apostam no projeto, observando a distribuição de tokens, que explicarei no Fator Liquidez.
- Avalie a presença na comunidade
- A tecnologia cripto envolve soluções descentralizadas, o valor da comunidade muitas vezes é fundamental.
- Comunidades fortes podem contribuir para que um projeto alcance efeito rede e compartilham a solução.
Como já explicado, uma comunidade ativa pode levar um projeto para outros ares. A equipe precisa ser ativa, pois uma comunidade dividida e mal-informada pode ser desastrosa. Forks acontecem principalmente por discordâncias entre devs ou até mesmo da comunidade.
Você precisa ter isso em mente para investir em criptomoedas com maestria.
Avalie a atração e retenção de desenvolvedores.
- Desenvolvedores são a alma para o avanço do protocolo.
- Quem banca os desenvolvedores? Esse pagamento é sustentável?
- Analisar discussões, propostas e updates de código em plataformas como o GitHub.
- Qual a linguagem de programação utilizada? É uma barreira de entrada ou facilitador para atrair novos desenvolvedores? (Exemplo: Rush e Solidity)
No DefiLlama, podemos saber quais são as linguagens de programação mais utilizadas em blockchain da atualidade, além de inúmeras outras informações interessantes.
Todas as documentações para desenvolvedores da Ethereum podem ser encontradas com muita facilidade dentro de seu próprio site. Isso estimula a entrada de mais mentes no projeto.
Observe os fundos de venture capital que investem na criptomoeda.
- Eles servem como importantes financiadores de projetos.
- O investimento é feito no token ou na empresa por trás do projeto?
- O fundo está apenas injetando dinheiro ou de fato ajudando no desenvolvimento do protocolo com capital intelectual?
- Qual o histórico de investimentos do fundo? Os protocolos investidos foram bem-sucedidos?
Sem dúvidas o smart money deve ser monitorado. As chances de uma cripto ser scam diminuem drasticamente (mas não completamente) se um grande fundo de investimento está investindo na criptomoeda.
Todas essas informações devem estar disponíveis nos canais da criptomoeda. A transparência é essencial.
Vale ressaltar que, financiamento de Venture Capitals geralmente não diz muita coisa.
Geralmente, esse tipo de institucional investe em várias coisas, estimando que se apenas 1 der certo, pagará todos os outros.
Um dos maiores exemplos é a Pantera Capital, que disponibiliza seu portfólio online, até mesmo sendo possível filtrar por criptomoedas em estágio inicial. Outros exemplos são Polychain Capital, Digital Currency Group, etc.
Fator Roadmap – a trilha da criptomoeda
Um bom planejamento e execução de roadmap contribuem muito para a melhora de um ativo no médio e longo prazo.
- O ativo tem um roadmap?
- O mundo cripto é um ambiente de constantes inovações tecnológicas, de modo que a falta de um planejamento para a atualização de um ativo pode fazer com que ele perca espaço.
- Um roadmap claro também indica que o time se preocupa em atualizar os holders.
Uma vida sem planejamento é um desastre, assim como, uma empresa sem planejamento é um desastre. Por qual motivo que com cripto seria diferente?
- O histórico de cumprimento do roadmap é positivo?
- As atualizações feitas de fato geraram o efeito que prometiam?
- As datas e os valores do financiamento para as atualizações passadas foram de fato cumpridos?
- A comunidade aderiu positivamente às mudanças anteriores?
Avalie se o roadmap realmente faz sentido, ou se trata apenas de uma promessa inalcançável e vazia.
- Roadmap faz sentido diante da análise de mercado?
- As mudanças que estão sendo propostas são de fato úteis para gerar valor?
- Existe alguma dor muito grande da comunidade que está sendo ignorada pelo time e não consta no roadmap?
- Existem ideias no roadmap que diferem muito das estratégias dos concorrentes? Descobrir os motivos pode trazer ideias importantes.
- Exemplo: Cardano fazendo sistema de oráculos próprio enquanto a maioria do mercado estava usando Chainlink.
Indicativos de um bom roadmap:
- A comunidade consegue ter voz ativa para o planejamento do roadmap
- Atualizações que são feitas de maneiras otimizadas.
- Datas sendo cumpridas.
- Justificativas para cada uma das atualizações, visto que elas demandam recursos.
Exemplo de roadmap da Polkadot, onde são listadas atualizações passadas e futuras, tanto quanto a fase atual. Também podendo se aprofundar mais em cada atualização específica.
Fator Segurança – o calcanhar de Aquiles de muitas criptos
Especialmente em uma indústria tão recente e disruptiva, a análise de riscos se torna um componente essencial da análise fundamentalista para um bom investimento em criptomoedas.
Podemos dividir essa análise em dois fatores: internos e externos.
Fatores internos de segurança em criptomoedas:
Smart contracts
- “Contratos inteligentes”, são contratos imutáveis e de realização automática escritos em código. Hoje em dia, praticamente todo novo ativo cripto utiliza ou interage de alguma forma com eles.
- Uma presença ativa da comunidade de desenvolvedores pode ajudar a encontrar e corrigir erros.
- Erros em contratos inteligentes podem ocasionar em prejuízos multimilionários.
Algoritmo de consenso
- Os algoritmos de consenso são um dos componentes basilares de qualquer blockchain.
- Erros no algoritmo de consenso podem fazer com que transações legítimas não sejam validadas, ou que transações ilegítimas sejam validadas.
- Novos algoritmos de consenso são uma das formas de novos protocolos tentarem se destacar no mercado.
- Importante se atentar ao teste do tempo.
Quando falamos de segurança no algoritmo de consenso proof-of-work, se um indivíduo tiver 51% ou mais de poder computacional na rede, ele conseguirá realizar transações fraudulentas na blockchain.
No proof-of-stake a regra também vale, porém, no lugar de apenas poder computacional, são criptomoedas em stake. Portanto, geralmente, quanto mais distribuído for o mecanismo de validação das transações, melhor.
Centralização
- Algumas soluções em blockchain são mais centralizadas que outras.
- O risco de centralização está relacionado à capacidade de uma única entidade afetar significativamente o protocolo para satisfazer os próprios interesses.
- Mesmo que esteja agindo de boa-fé, um centralizador ainda está sujeito a um risco técnico de sofrer um erro e sair do ar.
O melhor exemplo de centralização que temos atualmente é a Binance Smart Chain, uma rede rápida, barata, porém extremamente centralizada – para ser validador dessa rede, é preciso ser selecionado a dedo. Atualmente a mesma possui apenas 21 validadores.
Como fatores externos temos:
Risco de fornecimento
- Soluções diferentes demandam diferentes tipos de “matéria-prima”.
- Entender quais são os players envolvidos no funcionamento do protocolo e qual o poder de barganha de cada um deles.
- O poder de barganha está relacionado à capacidade de uma parte se pressionar as outras para impor os próprios interesses.
Exemplos: Bitcoin, de Satoshi Nakamoto, que depende do fornecimento de poder computacional, especialmente por máquinas ASIC. Arweave e Filecoin que dependem do fornecimento de espaço de armazenamento.
Risco regulatório
- Ainda não existe um consenso mundial quanto à postura regulatória que os estados adotarão com o mercado cripto.
- Um protocolo com time ou hardware muito concentrados em região com regulação não amigável podem estar sob risco.
- Entender quais os planos de contingência do time e quais serão as alternativas em caso de perseguição regulatória.
Exemplos: FTX se movendo de Hong Kong para as Bahamas após banimento da China e migração da Hashrate do Bitcoin para os EUA.
Concorrência
- Qual o nível de ameaça que a solução enfrenta por parte de concorrentes?
- Entender a barreira de entrada do mercado.
- Olhar também concorrentes do mercado tradicional.
- Capacidade de inovação tecnológica do time de desenvolvedores frente aos outros protocolos.
No site Defi Llama podemos realizar uma análise financeira mais profunda nos protocolos Defi e NFTs, os que atualmente mais conseguem captar dinheiro. Nas Defi, o total de TVL hoje está na casa dos 200 bilhões de dólares.
Fator Liquidez – o core dos investimentos em criptomoedas
Um dos aspectos que passa por vezes despercebido por investidores do varejo é a liquidez. Liquidez significa facilidade para encontrar vendedores e compradores para um determinado ativo.
Uma ótima maneira para elaborar uma avaliação de risco de investimento pode ser utilizar a metodologia da AAVE. Para isso devemos considerar:
Idade, Transações, Holders, Centralização, Valor de Mercado, Volume e Volatilidade.
Basicamente, quanto maiores forem os dados avaliados, melhor. Isso inclui a descentralização. A ressalva para isso seria a volatilidade – que quanto menor, melhor.
Essas são algumas das perguntas básicas que devemos fazer ao iniciar os estudos sobre qualquer projeto. Assim, podemos evitar scams e shitcoins.
Porém só isso não é o suficiente.
Corretoras
- Quando é possível encontrar um token em mais de uma plataforma de vendas, é um bom indicativo de liquidez. O ativo não fica dependendo de apenas um único meio para existir.
- A listagem em grandes exchanges centralizadas também pode ser um bom indicativo de segurança do ativo, dado que em teoria, as exchanges se preocupam com a segurança dos usuários.
- Importante: Essas constatações só valem para exchanges seguras em termos regulatórios e com bom alinhamento de interesse com os clientes. (Exemplos: Coinbase, Kraken e Gemini)
Volume
- Com menos volume em circulação, as movimentações de preço são abruptas e consequentemente a volatilidade de curto prazo aumenta.
- É preciso ser analisado junto do contexto de mercado. Devemos entender o motivo do volume crescente, para fugirmos do hype, um patamar menos sustentável.
De maneira simples, em sites como Coinmarketcap e Coingecko podemos ter informações sobre liquidez de inúmeros ativos.
Market Cap
- O market cap (capitalização de mercado) é um dos indicadores mais representativos da liquidez de um protocolo.
- Um market cap alto indica que um ativo é muito forte em questão de valor total, e um potencial indicador para facilidade para encontrar compradores e vendedores de um ativo.
- Não necessariamente traduz valor do token, mas é um bom indicador para estabilidade.
De maneira simples, em sites como Coinmarketcap e Coingecko podemos ter informações sobre liquidez de inúmeros ativos.
Distribuição
- Um token que tem o seu supply muito concentrado em poucas carteiras (mesmo com um market cap alto) pode enfrentar problemas de liquidez.
- A concentração dos tokens facilita a manipulação de mercado, visto que aumenta a assimetria de poder para alterar o preço.
- Estratégias de pump and dump se tornam mais lucrativas e fáceis de realizar pelas baleias quando a concentração é maior.
Na imagem acima, podemos ver que por exemplo, no caso da Solana, 48% dos seus tokens pertencem à própria equipe, isso indica que a distribuição do projeto, quando se trata de tokens, pode ser centralizada.
Isso significa que o projeto é ruim? Não necessariamente, para investir em criptomoedas temos que ter em mente que os movimentos de preço da podem ser facilmente manipulados pela equipe.
O contrário também é verdadeiro: como confiar em um projeto onde a própria equipe de desenvolvimento não possui tokens? Cabe ao analista ponderar todos os fatores.
Em exploradores de blockchain podemos ter várias informações, como, por exemplo, a distribuição dos tokens por carteira.
Obrigado!
Salve este artigo e o utilize sempre quando for analisar em uma cripto nova, e compartilhe com um amigo que precisa saber como investir em criptomoedas.
O mercado de criptomoedas não é previsível, portanto, cabe ao analista prezar sempre por segurança em seus investimentos e diversificação em sua carteira.
Espero que você tenha entendido como investir em criptomoedas como um profissional de sucesso.