A BlackRock está planejando lançar um ETF de Bitcoin.
Durante anos, os investidores nos EUA têm buscado um ETF de Bitcoin à vista, com diversas instituições financeiras liderando tentativas fracassadas.
Grayscale e outros fundos de investimento tiveram suas solicitações para tal produto negadas.
Será que a BlackRock, a maior gestora de investimentos do mundo, poderá ter sucesso no Bitcoin, onde outros falharam?
Quem é a BlackRock?
Como a principal gigante do setor de gestão de investimentos, a BlackRock detém uma posição de destaque no mercado global.
Administrando aproximadamente US$ 9,5 trilhões em ativos, a BlackRock não é apenas uma gestora de investimentos – ela é a maior do mundo.
Desde a sua fundação em 1988, a BlackRock continua a liderar com produtos financeiros inovadores e soluções de investimento para uma gama diversificada de clientes, desde indivíduos a instituições.
Com a BlackRock agora voltando o olhar para o Bitcoin, podemos estar à beira de uma nova era para os ETFs de criptomoedas.
A Estratégia da BlackRock: ETF de Bitcoin à Vista
No dia 16 de Junho de 2023, a BlackRock, responsável por administrar impressionantes US$ 9,5 trilhões em ativos, apresentou uma solicitação à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para lançar um ETF que compra Bitcoin (BTC).
Especialistas, como o analista sênior de ETFs na Bloomberg, Eric Balchunas, argumentam que esse produto, apesar de ser tecnicamente um fundo, funciona da mesma forma que um verdadeiro ETF à vista.
Um ETF (Exchange-Traded Fund) é um tipo de fundo de investimento negociado em bolsas de valores, assim como uma ação.
Qual seria a importância disso?
Por Que um ETF à Vista de Bitcoin é Crucial?
Os ETFs de Bitcoin disponíveis nos EUA atualmente são baseados em “futuros” de Bitcoin.
Mas o que isso significa?
Os ETFs baseados em futuros de Bitcoin não investem diretamente em Bitcoin.
Em vez disso, compram contratos chamados “futuros”, que são acordos para comprar ou vender Bitcoin em uma data futura a um preço específico.
Essa abordagem apresenta algumas complexidades:
- As empresas que gerem esses ETFs precisam constantemente comprar e vender esses contratos futuros para garantir que o ETF esteja acompanhando o preço do Bitcoin. Isso pode resultar em custos adicionais.
- Estes contratos futuros, muitas vezes, têm um preço maior do que o preço atual do Bitcoin. Isso significa que você pode acabar pagando mais pelo Bitcoin quando o adquire por meio de um ETF baseado em futuros.
É aqui que o ETF de Bitcoin da BlackRock entra, pois por outro lado, um ETF à vista de Bitcoin é uma abordagem mais direta para investir em BTC.
Em vez de lidar com contratos futuros, o ETF à vista de Bitcoin compra e mantém Bitcoin diretamente.
Isso torna o ETF mais alinhado com o preço atual do Bitcoin, potencialmente tornando-o uma opção mais atrativa para os investidores.
Vale a Pena Investir em ETF de Bitcoin?
Investir em um ETF de Bitcoin permite que você tenha exposição ao preço do Bitcoin sem a necessidade de comprar, armazenar e garantir a segurança da criptomoeda por conta própria.
Independente de ser o ETF de Bitcoin da BlackRock ou não, como qualquer investimento, ambos os métodos possuem vantagens e desvantagens.
Comprar um ETF de Bitcoin permite que você:
- Evite a complexidade técnica de comprar e armazenar criptomoedas.
- Invista por meio de uma plataforma de corretagem tradicional.
- Tenha acesso a gestão profissional do fundo.
No entanto, investir em um ETF de Bitcoin também pode:
- Incluir taxas de administração que não seriam aplicadas se você comprasse o Bitcoin diretamente.
- Não oferecer a mesma flexibilidade que ter o Bitcoin em sua própria carteira, já que você não pode usar um ETF para realizar transações com Bitcoin.
Por outro lado, comprar Bitcoin diretamente permite que você:
- Possua a criptomoeda e a armazene como quiser.
- Evite taxas de administração de ETFs.
- Use seu Bitcoin para transações, se desejar.
No entanto, a compra direta de Bitcoin também pode:
- Ser técnica e confusa para novos usuários.
- Exigir que você gerencie a segurança de sua própria carteira de Bitcoin.
- Expor você a maior volatilidade do mercado de criptomoedas.
A escolha entre investir em um ETF de Bitcoin, seja da BlackRock ou não, ou comprar Bitcoin diretamente dependerá de suas necessidades e conforto individuais com as criptomoedas.
A chave é fazer uma pesquisa cuidadosa e considerar todas as implicações antes de tomar uma decisão.
A BlackRock Pode Iniciar uma Revolução no Bitcoin?
Desde 2013, muitas empresas de investimento tentaram lançar um ETF Bitcoin, enfrentando rejeições repetidas da SEC – o principal regulador de Wall Street.
Alegações de preocupações com a manipulação de mercado foram citadas como razões para a não aprovação de tal produto nos EUA.
A situação é tão delicada que a Grayscale Investments, no último ano, chegou a processar a SEC após ter sua solicitação para converter seu Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) em um ETF negada.
Mas, será que a BlackRock pode mudar esse jogo no Bitcoin?
BlackRock: O Impacto da Gigante dos Investimentos Nas Criptomoedas
A BlackRock não é uma gestora de investimentos qualquer – é a maior do mundo.
Além disso, a gigante planeja trabalhar com a Coinbase como custodiante, apesar da recente repressão regulatória da SEC na indústria de ativos digitais.
Essa decisão poderia trazer uma onda de otimismo para o mercado de criptomoedas, desafiando o cenário regulatório desafiador atual.
Com o ambiente regulatório atual sendo um campo minado, o ETF de Bitcoin da BlackRock pode ser a melhor aposta para superar esses desafios.
Qual o Futuro dos ETFs de Bitcoin
O resultado da solicitação da BlackRock para o ETF de Bitcoin ainda é incerto.
No entanto, a mera intenção da empresa de lançar este fundo indica que o apetite institucional pelo Bitcoin (BTC) permanece forte, um sinal positivo para o futuro das criptomoedas.
Para aproveitar este potencial cenário, é essencial ter uma estratégia de investimento bem definida.
Nesse sentido, que tal assistir ao nosso vídeo mais recente, onde exploramos como estaríamos posicionados para investir em criptomoedas com R$ 1.000 ou R$ 10.000?
Este artigo apareceu originalmente no Minuto Cripto, o boletim informativo diário da Mercurius que coloca as últimas movimentações nos mercados de criptomoedas em contexto.
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Artigo por: Nicole Haddad
Otimização Web por: Paulo Alexandre