Criptomoedas: O Que Esperar do Banco Central Como Regulador

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O Banco Central adicionará um novo capital na regulação das criptomoedas.

A mais recente novidade veio com um decreto presidencial que promete mudar a forma como o mercado de criptoativos é gerenciado no Brasil.

Vamos explorar essa notícia em detalhes?

Em 13 de junho de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou um novo caminho para o mercado de criptomoedas no Brasil.

Por meio de um decreto, o governo designou o Banco Central (BC) como o regulador oficial do mercado de criptoativos no país.

A decisão, que entra em vigor a partir do dia 20 de junho, inclui o Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas.

Mas, o que isso significa para o mercado de criptomoedas no Brasil? Vamos analisar.

Entendendo a Regulação do Mercado de Criptomoedas Pelo Banco Central

A regulação do mercado de criptomoedas pelo Banco Central implica em uma série de responsabilidades e poderes.

De acordo com o decreto Nº 11.563, que regulamenta a Lei nº 14.478, o BC vai regular a prestação de serviços de ativos virtuais, autorizar e supervisionar as prestadoras de serviços, além de deliberar sobre outras questões relacionadas ao tema.

No entanto, há uma especificação importante: as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) continuam valendo para ativos representativos de valores mobiliários, como títulos ou contratos de investimento coletivo ofertados publicamente.

Regulação das Criptomoedas: Como chegamos até aqui?

A escolha do BC para essa missão já era esperada por agentes do setor, mesmo que até então não estivesse definida.

No fim do ano passado, após sete anos de tramitação, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que regulamenta o mercado de criptoativos em território nacional.

A lei aprovada pelos parlamentares dispõe sobre diretrizes a serem observadas nas atividades e na regulamentação das prestadoras de serviços de ativos virtuais.

O Que são Considerados Ativos Virtuais Para o Banco Central?

Segundo a legislação, ativos virtuais são uma representação digital de valor que pode ser negociada ou transferida e utilizada para fins de pagamento ou investimento.

Contudo, programas de fidelidade e de milhagem, além de moedas fiduciárias, não se encaixam nessa definição.

Isso significa que o real digital – que está em desenvolvimento pelo BC – não será regido por essa legislação.

Implicações da Regulação de Criptomoedas Pelo Banco Central no Brasil

A regulação do mercado de criptomoedas pelo Banco Central pode ter várias implicações para os usuários.

Por exemplo, é possível que haja uma maior transparência e segurança nas transações, já que as empresas que oferecem serviços de ativos virtuais terão que seguir diretrizes específicas estabelecidas pelo BC.

No entanto, isso também pode levar a custos operacionais mais altos para essas empresas, que podem ser repassados aos usuários na forma de taxas mais altas.

Além disso, a regulação poderia levar a uma maior aceitação e adoção de criptomoedas no país, pois a presença de um regulador oficial poderia aumentar a confiança no mercado de criptoativos.

Por outro lado, algumas pessoas podem ver a regulação como uma forma de o governo interferir em um espaço que, até agora, tem sido em grande parte descentralizado e livre de controle governamental.

E para você, a regulação pode ser vista com bons olhos?