Descubra o poder da Ethereum Virtual Machine (EVM) e seu papel transformador no universo cripto: Neste artigo, mergulharemos profundamente na tecnologia por trás da Ethereum – a EVM.
A EVM está no coração de uma revolução que está mudando a forma como as transações e contratos são processados na era digital, remodelando os conceitos de propriedade, transação e confiança.
Vamos desmistificar essa tecnologia avançada, explicando o que é, como ela funciona e por que ela é uma peça essencial no ecossistema da blockchain.
O que é uma Máquina Virtual?
Em computação, uma máquina virtual é uma emulação de um sistema de computador.
Ela cria um ambiente que, apesar de separado, replica completamente o hardware de um computador físico.
Deste modo, a máquina virtual pode rodar sistemas operacionais e programas como se fosse um computador físico independente.
Em suma, as máquinas virtuais nos permitem executar programas como se estivéssemos em um computador completamente diferente.
O que é a Ethereum Virtual Machine (EVM)?
A Ethereum Virtual Machine é o mecanismo de computação descentralizado do Ethereum. De maneira mais específica, é o ambiente de execução em que os contratos inteligentes na Ethereum são processados.
A EVM é completa em termos de Turing, o que significa que é capaz de executar qualquer algoritmo dado tempo e recursos suficientes.
Isso dá ao Ethereum uma grande flexibilidade, permitindo que os desenvolvedores programem uma gama incrivelmente diversificada de contratos inteligentes e aplicações descentralizadas.
A EVM permite que qualquer pessoa execute um script, independentemente do número de procedimentos ou da sua complexidade, desde que tenham o suficiente de “gás“, que é usado para calcular e limitar os custos das operações.
O “gás’ também tem um papel fundamental na segurança da rede Ethereum, protegendo-a de ataques de negação de serviço (DDoS). Cada operação tem um custo em gás, tornando um ataque, que tenta sobrecarregar a rede com transações, financeiramente inviável.
A História da EVM
A Ethereum Virtual Machine (EVM) foi introduzida juntamente com a rede Ethereum em 2015, com o objetivo de se tornar uma plataforma global para aplicações descentralizadas (dApps).
Vitalik Buterin, o cofundador do Ethereum, reconheceu a necessidade de uma plataforma que permitisse a execução de aplicativos descentralizados de forma eficiente e segura, levando à criação da EVM.
A ideia por trás da EVM era possibilitar o desenvolvimento de contratos inteligentes – códigos de programa que executam transações automaticamente quando determinadas condições são atendidas.
Como a EVM funciona?
Quando um contrato inteligente é usado na rede Ethereum, todos os computadores conectados à rede (nós) o processam usando a sua própria EVM.
Esses contratos inteligentes são escritos em uma linguagem especial chamada Solidity e, em seguida, convertidos em um código que a EVM pode ler.
Existem outras linguagens, como Vyper, que também são compatíveis com a EVM.
Cada parte deste código tem um custo associado em “gás”, que é a forma de medir e pagar pelas transações na rede Ethereum. Isso ajuda a garantir que os recursos sejam usados de maneira eficaz.
A EVM processa cada parte do código uma após a outra, e de maneira isolada, para que um problema em um contrato não afete os demais.
Isso é conhecido como “isolamento de sandbox“.
Este isolamento não só garante que um problema em um contrato não afete os demais, como também protege a rede de problemas de segurança.
Os contratos inteligentes não podem acessar partes do sistema além de seu próprio ambiente de execução, protegendo o restante da rede de potenciais vulnerabilidades de segurança
Além disso, a EVM tem um espaço de armazenamento para cada contrato inteligente, permitindo que eles guardem e busquem informações quando necessário.
Os contratos também podem interagir entre si por meio de chamadas de função.
A Importância da EVM
A EVM é um ambiente protegido e isolado, que executa exatamente o que foi programado, sem qualquer possibilidade de censura, fraude, interferência externa ou tempo de inatividade.
Vale ressaltar que, embora isso garanta a execução confiável dos contratos, também significa que os erros ou vulnerabilidades na programação do contrato não podem ser corrigidos após o contrato ser implantado.
Isso pode levar a potenciais problemas de segurança, como evidenciado em casos notórios, como o do DAO hack.
E como você já aprendeu, a Ethereum Virtual Machine também permite a criação e execução de contratos inteligentes, que são códigos que automatizam e verificam a execução de acordos.
Isso criou possibilidades para o desenvolvimento de aplicações descentralizadas (dApps) na Ethereum.
Além disso, a EVM abriu o caminho para o desenvolvimento da economia do “gás” Ethereum.
Cada operação que é realizada na EVM requer uma certa quantidade de gás, que é paga em Ether, a criptomoeda nativa da rede.
O gás serve para limitar as operações que podem ser realizadas na EVM, evitando assim o abuso de recursos.
Outra função crucial da EVM é o suporte à criação de ‘tokens’ através do padrão ERC20 e outros.
Isso permitiu o crescimento explosivo do espaço DeFi (Finanças Descentralizadas) na Ethereum, onde estes tokens podem representar uma variedade de ativos e serem usados em uma gama de aplicações financeiras, desde empréstimos e derivativos até loterias e mercados de previsão.
Qual o futuro da Ethereum Virtual Machine (EVM)?
A Ethereum Virtual Machine desempenha um papel essencial no funcionamento e segurança da rede Ethereum.
Sua capacidade de executar contratos inteligentes de maneira segura e eficiente tem sido fundamental para o crescimento e desenvolvimento da blockchain.
Ao entender como a EVM funciona, é possível entender melhor o potencial e a utilidade da tecnologia das criptomoedas.
Como podemos ver, o mundo das criptomoedas e da tecnologia blockchain é rico e complexo, e a Ethereum e sua Máquina Virtual são peças fundamentais desse universo.
Continue acompanhando nosso blog para mais insights sobre este fascinante universo tecnológico.