Repleto de expectativas, o anúncio original da dYdX em torno de uma nova blockchain pode figurar como um divisor de águas no universo cripto. Finalmente lançada, a dYdX Chain poderá ser uma centelha capaz reacender mais uma onda de disputa entre dois paradigmas: redes generalistas e redes especializadas.
Para a dYdX, uma corretora baseada no tradicional formato de livros de ordens, não havia outra escolha. O projeto compreendeu que apenas uma rede especializada poderia oferecer a vazão necessária para escalar substancialmente além de 10 negociações por segundo e 1.000 ordens posicionadas por segundo. E, assim, nasceu a versão 4, baseada na tecnologia do conjunto de ferramentas de desenvolvimento de software da Cosmos (Cosmos SDK).
Trata-se de um movimento que aparenta uma derrota para a Starkware, desenvolvedora das soluções StarkEx (voltada a escalar aplicativos individuais, adotada pela versão 3 do protocolo) e Starknet (rede generalista de segunda camada), cujo logotipo permanece visível no rodapé da versão 3 da dYdX. O testemunho de Antonio Juliano, co-fundador e CEO da dYdX, também continua disponível no site da Starkware.
A adoção da tecnologia da Cosmos oferece uma abordagem modularizada para a dYdX Chain, que poderá acoplar módulos com funcionalidades extras no futuro, se assim desejado.
A Solução da DYDX
No momento, a arquitetura da solução da dYdX Chain é composta pelos seguintes componentes tecnológicos: nós-núcleo (o coração baseado no Cosmos SDK, gerenciando consenso, transações, oráculos e outros componentes de baixo nível).
Indexador (ponte entre a blockchain e as aplicações finais, com mecanismos programáticos baseados em formatos escaláveis).
Clientes (responsável pela interação com a rede, conectando-se aos nós-núcleo e indexadores).
Aplicativo Web (versão de código aberto do protocolo, voltada ao usuário final) e aplicativos móveis (ainda em fase de pesquisa, deverão adotar um desenvolvimento de código aberto voltado às plataformas iOS e Android).
Com o nome de dYdX Operations subDAO, a entidade será responsável por estabelecer, operar e melhorar a infraestrutura ligada à dYdX Chain. Essa rede tem uma abordagem comunitária (foco em engajamento e fortalecimento do ambiente de finanças descentralizadas).
Por enquanto, a subDAO está trabalhando para operacionalizar a nova rede e o aplicativo Web. Por esse motivo, o lançamento ainda se parece com uma colcha de retalhos ou um quebra-cabeças. A tendência é que o sentimento se dissipe nas próximas semanas ou meses.
Finalmente, com a adoção de uma arquitetura mais aberta, ainda que altamente especializada, a dYdX se posiciona como futura infraestrutura dentro e fora da Interchain. Tal nome foi dado ao conjunto de zonas da Cosmos. Terceiros poderão desenvolver seus próprios aplicativos conectados à dYdX Chain, além de bifurcações do código do aplicativo oficial.
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