Investir em cripto é um desafio. O mercado de criptoativos já é enorme, e a cada dia surgem novos tokens e novos projetos para investirmos. Atualmente, existem mais de 10.000 ativos digitais no mercado!
Por isso, para decidir no que investir, é crucial que o investidor delimite sua estratégia de investimentos e a siga muito bem – quem não tem uma tese ou uma filosofia de investimentos não está investindo.
Tem uma passagem no livro “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, que ilustra muito bem esse aspecto. A Alice está perdida e pede ajuda para o Gato, que retruca indagando para onde ela quer ir.
Em resposta ela diz que não sabe, está perdida, ao que o Gato responde que “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”.
Então, se não queremos que qualquer caminho sirva para a gente no mercado, precisamos saber exatamente para onde queremos ir – o que estamos buscando antes de investir em cripto.
E o que estamos procurando são oportunidades assimétricas.
Oportunidades assimétricas são aquelas em que as possibilidades de ganho superam as possibilidades de perda, principalmente caso você esteja errado na sua tese de investimentos.
Isso nos dá uma margem boa: não precisamos acertar todas as nossas teses, todos os ativos que investimos, mas precisamos capturar com consistência algumas oportunidades assimétricas.
Em outras palavras, na gestão da nossa carteira é importante que os poucos acertos, por serem assimétricos, compensem – e muito – na rentabilidade do portfólio aquelas teses que não deram certos.
Quando acertamos, acertamos grande. E, quando erramos, erramos pequeno.
Ao longo da história da Mercurius, com nossas tentativas e erros, desenvolvemos um método de análise para identificar esse tipo de oportunidade. Ele se baseia em 4 passos:
- Escolher quais criptos estudar;
- Fazer uma análise inicial;
- Aprofundar na análise;
- Acompanhar periodicamente o ativo.
Vamos entender cada um deles?
Escolhendo criptos
Esse é um passo muitas vezes subjugado por quem está entrando no mercado, mas não é nada trivial. No meio de, novamente, mais de 10 mil possibilidades, decidir qual delas vale nosso tempo de análise é crucial para não perder tempo analisando criptos que não possuem valor algum.
É aqui que começamos a separar o joio do trigo.
Para isso, temos dois caminhos:
- Entender as dores do mercado: entender os problemas que existem no mercado cripto e, a partir disso, descobrir quais são os projetos que podem fornecer soluções. É importante ter um mapa do mercado cripto e do que pode ser melhorado, e também acompanhar as principais novidades que aparecem.
- Acompanhar as principais fontes primárias e influentes do mercado: seja através do Twitter dos principais protocolos, desenvolvedores, VCs, etc., ou através de blogs e relatórios dessas mesmas fontes. Exemplos interessantes são: @RyanWatkins_, @hasufl, @TimBeiko, @sassal0x, e @nic__carter; além de @MessariCrypto, @Delphi_Digital, @BitwiseInvest e @TheBlock__.
Análise Inicial para Investir em Cripto
Uma vez decidido quais projetos serão estudados, fazemos uma análise inicial que tem como objetivo definir se aquele protocolo é bom o suficiente para ter mais tempo despendido em cima dele.
Essa parte é muito importante, porque uma boa e aprofundada análise demora mais e toma mais tempo. Como o tempo é escasso, significa que se nosso filtro for ruim, iremos gastar trabalho em um projeto ruim em detrimento de procurar algo melhor para investirmos.
Por isso, a análise inicial serve como mais um filtro, para entendermos se a análise será descartada ou se iremos aprofundar melhor nossos estudos.
Nossos assinantes da Mercurius PRO possuem acesso a mais de 20 análises que fizemos de diversos projetos no mercado cripto! Se você se interessa em saber qual é nossa visão e tese sobre diversos ativos do mercado, clique aqui para se tornar PRO!
Sobre a análise inicial (antes de investir em cripto), é fundamental entendermos como funciona o modelo de negócios e o tokenomics do ativo – e como eles conversam entre si.
- Modelo de negócios: grande parte dos projetos em cripto se assemelham muito com empresas, então trouxemos para nosso mercado esse tipo de análise que é geralmente feita no mercado financeiro tradicional. Procuramos saber quais são os clientes e os fornecedores do protocolo, quais são os diferenciais competitivos em relação a outras soluções do mercado, etc.
- Tokenomics: como o token gera valor para o protocolo e para o detentor do token. Aqui, entram análises sobre o token ter “dividendos” ou quão agressiva é a inflação dele, e até mesmo se o modelo do token é sustentável ou se existe risco de morte – como era o caso da Terra (LUNA). Procuramos bons fundamentos e descartamos aqueles ativos que representam altos riscos.
Se o ativo possui um bom modelo de negócios e um bom tokenomics, ele passa pelo filtro e vamos para a terceira parte do fluxo:
Aprofundamento de Análise
O objetivo dessa análise mais aprofundada é encontrar motivos para não investir naquele ativo, para delimitarmos qual será o tamanho da alocação (caso ela aconteça).
Isso pode parecer estranho, mas o motivo é que precisamos saber o que não sabemos sobre o ativo. Existe alguma “caixa preta” em que o time torna a informação confusa e pouco transparente? Isso é uma bandeira vermelha de que algo pode não estar certo, por exemplo.
Nossos “achados” nessa etapa podem não ser grandes o suficiente para nos impedir de investir em algum ativo, mas é fazendo esse pente fino que definimos qual token iremos comprar mais ou menos na nossa carteira.
É aqui que, além de aprofundarmos em Modelo de Negócios e Tokenomics, analisamos os outros 2 pilares de análise:
- Governança: precisamos entender os times de desenvolvimento por trás do protocolo. Buscamos times competentes e evitamos times anônimos ou com pouco histórico de entregas.
- Segurança: nosso objetivo é encontrar possíveis erros que podem acontecer no protocolo e podem não estar no radar do resto do mercado. Para isso, buscamos fontes primárias para aprofundar essa investigação, como o Token Terminal, Dune Analytics, e até o canal de Discord do projeto.
Se não encontrarmos pontos críticos de falha na nossa análise, muito provavelmente o protocolo será adicionado na nossa carteira – com a alocação que corresponda à análise dos 4 pilares.
Mas, o trabalho não acaba por aí!
Acompanhando o Ativo após Investir em Cripto
O acompanhamento é tão importante quanto as outras partes da análise. Sabemos que o mercado cripto está em constante mudança e evolução – ou seja, nenhuma análise estará completa.
É preciso um trabalho constante de entendimento sobre a dinâmica do setor em que o ativo está (se tem mais protocolos surgindo, se as soluções da concorrência resolvem as dores do mercado melhor do que o protocolo que estamos investindo, se o próprio protocolo está expandindo e conseguindo mais clientes, etc.) Para este acompanhamento, costumamos utilizar as mesmas fontes mencionadas na primeira etapa (escolha das criptos) e também nas etapas de análise.
Moral da História
É seguindo esses 4 passos – e confesso que, na prática, não são tãaao simples assim – que chegamos às nossas alocações das carteiras da Mercurius PRO.
Nossos assinantes possuem acesso a todo o processo de formulação de tese de investimentos, acompanhamentos e também, claro, o resultado final, que são a simplificação do que enxergamos dentro do mercado cripto.
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